Minha versão para a biografia de Confúcio



Há muito que se estudar para compreender as múltiplas facetas do pensamento de Confúcio. Embora o mestre apresentasse sua doutrina de forma conceitual e ordenada, sua leitura e compreensão são exigentes, complexas e extenuantes, principalmente para aqueles que não tem qualquer familiaridade com a estrutura da filosofia chinesa. Mas, as questões concernentes ao sistema confucionista já foram apresentadas em outros textos desta página, e nosso objetivo aqui não é o de realizar um apanhado geral destas teorias; na verdade, buscaremos aqui embasar os pontos de vista da doutrina por meio de um outro tipo de abordagem, a biografia de Confúcio.



Existem várias biografias sumariadas do velho mestre chinês, muitas inclusive em nossa língua. A biografia clássica de Confúcio, feita por Sima Qian nos sécs. -2 -1 e presente no Shiji (Registros Históricos) encontra-se traduzida no livro “A sabedoria de Confúcio” (1958), coligida por Lin Yutang. Fragmentos de sua vida podem ser vistos no Lunyu (Diálogos), Zhongyong (o Justo Meio), Daxue (Grande estudo), nos escritos de Mengzi (Mêncio ou Mâncio), num capítulo do Liji (Manual dos Rituais) e em duas fontes posteriores (estas não traduzidas para o português) que são o Kungzi Jiayu (Tradições familiares de Confúcio) e o Kung Tungzi. Some-se à isso todas as pequenas biografias informativas feitas em qualquer idioma, facilmente encontráveis na internet e em livros de divulgação que contém dados de sua vida e breves apresentações sobre seus pensamentos e "ditos fundamentais".



Bem, para mim, tudo isso serve de base, mas não de esclarecimento. Na verdade, o muito de lixo acumulado não nos permite enxergar o óbvio: qual é a história do personagem Confúcio? Qual a relação entre o que ele afirmava e fazia? Somente pela contraposição das fontes chinesas (e neste caso a biografia de Sima Qian omite detalhes interessantes) é que podemos - creio eu - saber um pouco mais sobre as razões pelas quais operava a mente de Confúcio. Se pudermos acreditar que as experiências de vida forjam o caráter de um ser humano (ou ao menos, evidenciam suas formas de pensar), então uma análise da trajetória existencial de Confúcio deve exigir outros elementos de nós para além das questões factuais.



O que me proponho neste texto é fazer justamente isso: percorrer a história do Mestre de uma maneira crítica, deixando de lado propositadamente os detalhes técnicos e corriqueiros. Nomes, datas e locais podem ser facilmente encontrados nas outras fontes. O que buscaremos fazer, aqui, é uma biografia humanística, calcada no intuito de relacionar as posturas filosóficas de Confúcio com suas vivências. Claro, tal proposta esbarra numa condição dificílima de resolver, que é a carência de informações e de outras fontes que não sejam aquelas da própria escola de Confúcio. Por outro lado, as fontes chinesas anteriormente citadas pouco fazem para relacionar os dados que em si mesmas apresentam, o que nos proporciona esta oportunidade biográfica que iremos analisar.





Sobre as origens



Confúcio teria nascido em Lu, no ano de -551, e teria falecido em - 469. Sobre datas, isso já nos basta. A respeito de Lu, este era mais um dos inúmeros Estados da época que buscavam algum tipo de respaldo político em meio a baderna crescente da dinastia Zhou. Lu orgulhava-se de ter sido fundada (ao menos diziam as histórias locais) pelo mítico Duque Zhou, guardião desta dinastia, tendo protegido seus dois primeiros reis e sábios, Wen e Wu, além de ser ele mesmo o redator da versão em uso do Tratado das Mutações (Yijing). Seu espectro rondava a consciência local, embora Lu fosse tido, ocasionalmente, como um lugar "caipira" e interiorano pelos habitantes das cidades. Ainda assim, tal espírito de cultura e saber parecia estimular mesmo os vilarejos mais recônditos deste pequeno país, em que se construíam escolas e se ensinavam os clássicos antigos. Ou, ao menos, se tudo isso fazia parte do imaginário local, deu certo pelo menos uma vez com o pequeno Chongni (nome familiar de Confúcio).



Confúcio teve, desde pequeno, que aprender a ser persistente e determinado. Sua mãe ficou viúva quando ele tinha apenas 3 anos, e o resto foi trabalho duro e esforço. Mesmo sendo de ascendência nobre (se pudermos crer nisso, já que o próprio Confúcio pouco ligava pra isso e nunca comentou o assunto com seus discípulos), tal condição não influenciou seu comportamento social. Neste ponto, porém, uma lição milenar se delineou na vida do mestre: sua mãe nunca deixou que ele abrisse mão dos estudos, estimulando-o sempre a continuar. Quando criança, Confúcio já gostava de estar em companhia de mestres e livros. Lembremos que nesta época, um livro só podia ser conseguido de três maneiras: sendo memorizado, adquirido ou copiado. Embora o primeiro método fosse bastante empregado, provavelmente o pobre Confúcio dedicava-se a copiar minuciosamente os textos para seu uso próprio, trabalho que entenderíamos hoje como algo insano, mas que era prática comum na época. No entanto, isso lhe deu um vasto conhecimento dos ideogramas e de seus sentidos conceituais, o que lhe permitiria, anos depois, insistir na teoria da Retificação dos Nomes - uma proposta que consistia em adequar e/ou manter o uso dos ideogramas num sentido estrito, vinculado a uma idéia fundamental.



Mas para que tanto estudo? Confúcio, assim como muitos outros em sua época, já acreditavam que a educação era um caminho para a sabedoria e para uma vida melhor. Claro, uma boa parte desta gente pensava nas posições que poderia alcançar dominando a escrita e as ciências conhecidas nestes tempos, mas Confúcio parece ter adquirido todas as características daquilo que Gramsci chamaria de um "intelectual orgânico". Estranhamente, muitos vêem o velho professor como um defensor da ordem estabelecida, um ideólogo das hierarquias sociais e políticas: mas aqueles que tiverem um mínimo de curiosidade, leiam os longos discursos feitos por ele ao Duque Ai, presentes no Liji; Confúcio entupia os dirigentes de obrigações morais e administrativas, imputando-lhes sempre o dever do exemplo perante o povo. Em outro momento (presente no Lunyu), o mestre deixa bem claro que ensina a qualquer um, mesmo se for apenas por um pedaço de carne. Que sábio era esse, que falava de governar, mas praticamente não se importava de passar a caneca? Que homem era esse, que um dia sentava em banquetes com os grandes nobres e no outro, comia uma singela refeição como os discípulos e se dizia feliz com isso? Os tolos nunca poderão entender tamanha simplicidade, e classificarão sempre Confúcio como um "otário" que não aproveitava as oportunidades. Bem, Confúcio continuou; onde estão, porém, os "espertos"?





Vida familiar



Confúcio teve uma vida de trabalho e estudos constantes até os 19 anos, quando lhe arrumaram uma esposa. Ao que parece, tudo se tratou de um arranjo, já que a menina era de família importante. Seu casamento não deve ter sido feliz, apesar da discrição do mestre sobre o assunto. Teve um filho (que teria problemas mentais, segundo a suposição de alguns autores – mas isso é bem difícil de afirmar) e uma filha, ate onde sabemos. Contrariamente a grande parte dos sábios que conhecemos, Confúcio nunca largou sua família, mas parece ter sido abandonado pela esposa – afinal, em torno dos 40, Confúcio estava absolutamente livre para peregrinar pela China, como veremos. Ela deve ter se cansado daquele sujeito que gostava de dar aulas, era pobre e adorava conversar. Seja como for, o Mestre aceitou a situação com nobreza, e continuou responsável pelos filhos (sua esposa podia tê-lo feito, mas não os assumiu). Deu a mão de sua filha em casamento, inclusive, para um ex-prisioneiro que falava com passarinhos! Parece claro que as experiências de Confúcio no campo familiar definiram dois pontos fundamentais de suas teorias: a idéia do junzi (o cavalheiro ideal) e a importância das relações filiais na construção do tecido social e da formação humana, motivo essencial do texto posterior, o Xiaojing.



Em primeiro lugar, o junzi não deveria ser tal como um nobre tradicional, movido por costumes e atitudes desprovidas de razão. Mesmo existindo o divórcio na China Antiga, os homens da época não eram, provavelmente, afeitos a idéia de libertar a esposa de seus compromissos. Tal situação envergonhava-os perante a sociedade, e não deviam ser raros os incidentes de violência ou vingança contra as mulheres que defendiam sua própria liberdade. Posto isso, Confúcio poderia ter reagido de varias formas negativas, mas simplesmente aceitou o fato de não ser amado e deixou-a partir. Podemos entender isso como uma libertação mutua, mas em Confúcio isso fica definido claramente como uma ação de nobreza, uma atitude realmente cavalheiresca. Um comportamento adequado, pensado racionalmente e definido em função do bem maior seria, realmente, o meio ideal que transformaria alguém em cavalheiro. As atitudes intempestivas da cultura nobiliar antiga não eram próprias a uma noção mais profunda de justiça.



Será que foi isso que fez Confucio calar-se sobre as mulheres? Esta é outra boa pergunta. O silencio do sábio não é, porem, um indicativo de machismo. Lembremos que todas as palavras do vocabulário filosófico do mestre são neutras, aplicando-se a ambos os sexos. Aliás, o próprio Confúcio tinha veneração pelos pais - com destaque para sua dedicada mãe - elemento que estaria presente também na vida de outro grande confucionista posterior, Mêncio. É no mínimo estranho imputar-lhe esta pencha, mas deixo em aberto a questão – afinal, há um comentário no capítulo 17 do Lunyu que deixa margem a imaginar que o mestre seria machista – se foi ele realmente quem disse o que está lá....



Patente, porém, e o envolvimento do conceito de Xiao (Piedade Filial) com a questão familiar. Confúcio defendia que o cerne do compromisso social e político, em todos os níveis, se pautava num sistema de obrigações filiais. Numa sociedade derivada de relações clânicas, isso pode ser entendido como uma transposição direta do regime familiar para o publico - mas Confúcio faz mais do que isso: ele projeta numa vida ideal aquilo que ele mesmo não realizou! Recalque? Novamente, nós poderíamos aceitar um problema tão intimo como o fator filosófico fundamental do conceito de Xiao, mas isso não procede se lembrarmos que Confúcio podia se casar de novo, e ter ate mesmo concubinas. Não, ele preferiu realmente uma vida sossegada neste ponto, projetando sobre a sociedade a visão de uma grande família unida, uma comunidade, equilibrada e harmônica. Isso não impediu que, por outro lado, ele cedesse sua filha a um tipinho que qualquer um recusaria como genro - exceto o velho sábio, que olhou o rapaz por dentro, e não por suas roupas e bolsos.





Yan Hui



Digno de nota foi seu discípulo preferido, Yan Hui. Simples, dedicado, brilhante, Yan morreu cedo e deixou o mestre inconsolável - sua perda foi ainda mais dura, tendo em vista que seu único filho homem morreu também na mesma época. Confúcio chorou-os copiosamente. Ao ser perguntado se chorar era atitude de um junzi, teria respondido: "se esta não é uma ocasião para fazê-lo, então quando é? Chorar serve para que?"



Yan Hui talvez fosse tão bom quanto o mestre, embora ele não tenha batalhado para construir a doutrina que lhe era ensinada. Confúcio gostava, no entanto, de todos os seus discípulos. Um ou outro lhe davam aporrinhações, como Zanqiu, pego debaixo de uma arvore dormindo na hora do trabalho - foi ali que o mestre concluiu que "antes ouvia o que as pessoas diziam, agora via o que elas faziam". No geral, porem, era tolerante, gostava de dividir um vinho com eles e os levava em suas aventuras. Um discípulo, no fundo, pode sempre vir a ser um futuro mestre, e Confúcio desejava abrir-lhes o caminho (ou Dao, a Via).





O Trabalho público



Confúcio era dedicado, ranheta, caxias, mas também, justo, fraterno, pronto a ajudar e dedicado sinceramente ao ser humano. Num incêndio ocorrido nas cavalariças do rei, por exemplo, foi o único a se preocupar com os servos. Era um bom praticante das normas vigentes, e costumava arrumar algumas encrencas - fosse para fazer cumprir a lei, fosse para combater suas iniqüidades.



Confúcio sempre foi a favor de administrar as coisas com sabedoria: em sua visão, quanto mais leis houvessem, mais crimes seriam criados, e o costume já lhe bastava, se bem executado. Não aceitava facilmente cargos ou nomeações, pois embora fosse o seu desejo assumir uma função no qual pudesse ajudar os semelhantes, se esta implicasse em pactos contrários aos seus princípios, ele as recusava. Confúcio não queria ser rei, nem duque ou algo assim. Não desejou igualmente qualquer forma de poder, pois isso significava para ele, antes de tudo, responsabilidades e atribuições, e não vantagens. Buscou igualmente escapar das maquinações políticas da época, e da disputa terrível que iria, em breve, aflinigr sua sociedade durante séculos. Trabalhou duro, começou em funções pequenas, conhecia as dificuldades da administração e desejava apenas ser um conselheiro.



Mesmo assim, Confúcio sempre era sincero em suas considerações, o que lhe arregimentou inúmeros inimigos. Uma vez, chegou a ser perseguido e tentaram mata-lo ao menos 2 vezes. O Duque Ai ouviu-o inúmeras vezes, e seus diálogos com Confúcio apresentam as visões políticas e humanas do mestre. Exilado, perambulou durante anos pela China ensinando, servindo em funções auxiliares e tentando mudar um mundo que ainda não estava preparado para ele. Numa das poucas ocasiões que lhe foi dado o governo de uma região, aparentemente seu mandato foi brilhante. Mas Confúcio ficou chateado quando o rei ao qual servia largou seus trabalhos para se deleitar durantes dias com um grupo de dançarinas que lhe haviam sido presenteadas. A intriga havia sido bolada por um reino rival - eles sabiam que não podiam atacar diretamente o sábio conselheiro do rei, então decidiram magoá-lo expondo as fraquezas do soberano, testando ainda a influência de Confúcio na corte. O mestre viu nisso um mal sinal: para ele, a preocupação com o Estado vinha em primeiro lugar, pois o reino era o próprio povo. Uma corte que se deixava levar por este tipo de intriga banal não podia ser forte, e ele fez suas malas.





A Escola



Confucio dedicou-se, apos suas perambulações, a montar uma escola em sua terra natal. Ele já estava maduro, e os anos de corte, viagens e dificuldades foram duros com ele. Seu empenho em estudar nunca arrefeceu, porém. Ele mesmo gostava de afirmar que aos sessenta, finalmente, se sentia plenamente realizado com o que sabia, e que o saber havia se integrado em sua natureza.



Mas Confúcio guardava uma tristeza muito grande por não ser ouvido. Emotivo - embora a historie tente tratá-lo como um zumbi dogmático - ele reclamava, chiava, era severo com seus discípulos e não relaxava em seus princípios. Não havia nele o desejo de descarregar seus rancores, mas apenas um lamento em não se fazer compreender. Era tão óbvia sua doutrina! E no entanto, sábio não é aquele que torna o óbvio compreensível por todos? Talvez nesse momento, o grande dilema de Confúcio fosse saber se ensinava de modo correto ou se as pessoas, realmente, é que não se interessavam pelos estudos. Na dúvida, ele continuou a ensinar. Hoje em dia, os chineses têm em mente, de forma absolutamente clara, que não existe qualquer caminho satisfatório para o conhecimento que não passe pelo estudo e por um professor. Neste ponto, Confúcio seria vingado pela história, mas essa é uma compensação que só serve para as gerações posteriores.



Estudar sempre foi a meta fundamental da dita Rujia (escola dos letrados) que Confúcio criou. Como vimos, sua infância difícil mostrou a ele que o aprendizado era uma caminho mais que viável para a superação das dificuldades da vida. Mais ainda, a educação seria uma via aberta a todos, sem distinção, podendo atingir qualquer grupo da sociedade. Apenas uma condição se impunha neste sentido: as pessoas precisavam desejar se educar, posto que esta não pode ser adquirida sem esforço intimo. Um dos discípulos de Confúcio disse-lhe, uma vez, que achava toda sua proposta linda, mas que acreditava nunca poder passar de um certo ponto. Confúcio disparou: "e não vai mesmo!" Se fixamos de antemão os limites do que fazemos, então não iremos adiante de forma alguma. O Mestre já alertava nesta época que a educação servia, justamente, para superar dificuldades, e não para viver em função delas.





O Fim



Somente hoje podemos compreender a magnitude do pensamento confucionista para a sociedade chinesa. O Mestre não teve esta chance, e já na época se sentia um tanto quanto derrotado pela vida. Ao perceber que a morte chegava, lamentou que seu tempo havia acabado, e se perguntava sempre se havia feito o suficiente. Não se arrependia de nada, mas desejava ter realizado mais. Um amor tremendo devotado ao mundo, que construiu o conceito fundamental de sua doutrina, Ren - cuja melhor tradução é "humanismo" - foi a pedra de toque de toda a sua proposta filosófica. "Ren" é um ideograma composto pela palavra "pessoa" e o número 2, significando, portanto, duas pessoas em harmonia. Para tanto, Confúcio advogava o exercício de certos conceitos, como Xin (sinceridade, formado por 2 ideogramas: pessoa e palavra, ou seja, sincero e verdadeiro é uma "pessoas de palavra"), Zhong (fidelidade, formado por "centralidade" e "coração"), Ai (amor, representado pelos ideogramas amizade e coração debaixo de um mesmo teto), Xue (estudo das matérias tradicionais, representado por uma mão que conduz uma criança, ou seja, um estudo das heranças de do saber) e Zhi (estudo da experiência de vida), entre outros.



Todo este aparato conceitual servia, enfim, para orientar as pessoas na busca de uma real prática do humanismo (Ren). Confúcio procurou, assim como seus antecessores intelectuais, legar um caminho que servisse a redenção humana. Ele queria libertá-los de sua ignorância, mas na época de sua vida não foi devidamente reconhecido. Morreu tranqüilo em sua cama, lamentando não sonhar mais com o Duque Zhou. Sima Qian disse que um unicórnio havia visitado a casa de Confúcio no seu nascimento, e que no dia de sua morte ele apareceu novamente. Sima cumpria seu papel de relator, mas os confucionistas nunca deram bola para esta lenda, pois nunca haviam visto um unicórnio. Fantástico pensar num sábio que ensinou seus alunos a duvidar, inclusive das lendas ao seu respeito.



Três séculos depois, seu pensamento foi adotado oficialmente como doutrina de governo na Dinastia Han. Antes disso, o Confucionismo já havia se estabelecido como uma doutrina respeitável, sendo perseguido apenas no período totalitário da Dinastia Qin. Esta não durou muito - eis um exemplo cabal de que a força e a intriga nunca sobrevivem muito.



Mas o homem Confúcio é que impressiona: viveu e morreu normalmente, atuou segundo seus princípios, não operou milagres, transformou sua sociedade apenas através de palavras e atos. O mestre foi a prova definitiva de que podemos mudar o mundo sem termos poderes miraculosos; não precisamos acreditar em mais nada senão no próprio ser humano.



Mas quem o faz?

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