
Graças à intensificação do comércio internacional na Idade Moderna e ao trabalho das chamadas Companhias das Índias Orientais, criadas em diversos países europeus no século XVII, começaram a aparecer no Ocidente enormes quantidades de produtos artísticos orientais, principalmente chineses: cerâmicas e porcelanas, esculturas, pinturas, objetos lacados e de ourivesaria, têxteis, etc. Estas peças fascinaram o homem ocidental dando rapidamente lugar ao fenômeno da coleção, no qual participaram reis e príncipes europeus dos finais do século XVI. e dos séculos XVII e XVIII. O sucesso, a enorme procura deste tipo de obras de arte e o seu preço considerável fizeram com que no Ocidente se desenvolvesse a produção de diversos artigos (pinturas, cerâmicas, objetos e móveis lacados, gravuras, têxteis, edifícios, interiores arquitetônicos e inclusivamente jardins) com motivos e técnicas de clara intenção oriental, que são conhecidos como Chinoiseries. Neste sentido, são dignos de menção os enormes esforços do Ocidente por conseguir objetos da apreciada técnica da porcelana chinesa. Conta-se que o Ministro das Finanças da Saxônia, alarmado pelos gastos efetuados por Augusto o Forte na sua coleção de porcelanas chinesas, decidiu tomar uma série de medidas para descobrir o segredo da porcelana como única solução para salvar o Tesouro do Estado. Para isso, contratou o famoso alquimista Jean Frederic Bottger que, depois de várias experiências na fábrica de Meisen, conseguiu no ano 1709 a primeira porcelana autêntica produzida no Ocidente.
por E. Baguena
por E. Baguena
Nenhum comentário:
Postar um comentário