A arte chinesa é extremamente complexa, e de difícil abordagem. Múltiplas barreiras se levantam entre o Ocidente e o Extremo Oriente: a escrita chinesa, pintura de idéias, constitui o primeiro importante obstáculo; a antiguidade cultural deste povo, a sua evolução num meio fechado e a singularidade de sua psicologia são outros tantos obstáculos; as suas tradicionais formas sociais, os seus costumes mais mágicos que religiosos de aproximação do sagrado, tornam difícil a sua compreensão. A estética da sua arte reúne todos estes elementos: simbolismo ideológico, extrema antiguidade, evolução particular e complicada dos conceitos artísticos, fundamento mágico-religioso da suas crenças. O seu estudo é, pois, delicado se se quiser aprofundar.
Um último obstáculo se ergue no caminho do seu conhecimento: as primeiras obras de arte chinesa que chegaram ao Ocidente pertenciam à última época da dinastia Ts'ing (1644 - 1912), período de decadência, de influência européia nas oficinas chinesas que então inundaram a Europa de «objetos chineses» vulgares, de porcelanas românticas. de estatuetas rococó, de jarrões de cores berrantes. Esta «arte» chinesa imperou em todas as lareiras dos salões europeus, importada pelas companhias orientais holandesa, francesa e inglesa desde o século XVII. A arte chinesa durante muito tempo só foi conhecida e apreciada através desta nociva caricatura. Foi necessário o trabalho lento dos sinólogos, dos especialistas, colecionadores e peritos, para que o Ocidente conhecesse o verdadeiro rosto desta estética tão particular e complexa [por J. Riviere].
Textos
A essência medular da civilização chinesa
A arte chinesa através dos tempos
China, Mãe das Culturas do Extremo
Oriente
Uma aproximação a Arte da China e Japão
Fundamentos da Estética Chinesa
A natureza da paisagem chinesa
Bronzes na antiguidade chinesa
Da China decadente à época Song
Descentralização e Arte Búdica
Textos sobre Caligrafia Chinesa
Links externos
Os três prefácios da classificação dos poetas, por zhong rong;
tradução, notas e comentário
Sobre expressão individual e a liberdade possível: a
experiência dos “sete sábios”
“Não há tristeza, nem alegria nas vozes”, de Ji kang: uma
tradução anotada
Sobre representação mimética e qixiang: discriminando as
artes pictóricas chinesas
Arte musical na china arcaica: à guisa de contexto
O cânone da música ortodoxa chinesa: uma seleção dos
apontamentos sobre música
“Tratado bibliográfico sobre letras e artes”: uma
seleção de passagens críticas
Decadência política e florescimento artístico: o segundo
módulo das “dimensões do cânone”
Ensaio sobre criações literárias e discurso poético, de Luji:
uma discussão preliminar
As dimensões do cânone: textos que balizaram a teoria da arte
na china imperial
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